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Estomas

           A estomia trata-se de uma abertura originada de um procedimento cirúrgico que consiste na exteriorização dos sistemas digestório, respiratório e urinário, criando um orifício externo chamado de estoma. É indicada quando há necessidade de desviar, temporária ou permanentemente, o trânsito normal da alimentação, ventilação ou eliminação.


Classificação das estomias
          As estomias são classificadas como intestinais, urinárias, gástricas e respiratórias. Nesse processo, sua classificação depende da exteriorização do segmento seccionado.
         


Estomas para alimentação
          Trata-se das estomias com função de garantir a alimentação dos pacientes e são realizados por meio de procedimento cirúrgico, embora se situem em locais diferentes. São assim denominados a gastrostomia e a jejunostomia.
         A gastrostomia é um procedimento cirúrgico que consiste na realização de uma comunicação do estômago para o meio exterior. Tem indicação para pessoas que a necessitam como via complementar a alimentação. A traqueostomia é um procedimento cirúrgico realizado para melhorar o fluxo respiratório (BRASIL, 2009)         

         O profissional de Enfermagem deve avaliar, ainda no pré-operatório, o nível de capacidade que o paciente possui para entender as explicações que lhe serão passadas, tanto com relação à imagem corporal quanto com o autocuidado. Com o uma linguagem adequada e simples ao entendimento do paciente, o profissional deverá descrever o procedimento proposto, seus objetivos e finalidades, incluindo as vantagens que ocasiona.
          O pós-operatório deverá ser acompanhado pela equipe multiprofissional. Estes avaliarão o estado clínico do paciente, a resposta à imagem corporal, as funções fisiológicas (frequência e consistência) e o aspecto da pele periestomal (riscos de dermatite e dificuldade de cicatrização. Ressalta-se que o risco da pele se irritar ao redor da gastrostomia é muito grande, devido à ação enzimática do suco gástrico, portanto o local deverá ser lavado com água e sabão pelo paciente e/ou cuidador. Caso isto não ocorra, haverá grande risco de surgir eritema na pele periestomal, que pode evoluir para uma ferida.


Estomas intestinais e urinários
          Os estomas intestinais podem ser realizados no segmento do intestino delgado ou grosso. Suas características físicas quanto ao tipo, à localização, ao tamanho, à forma, à superfície, ao contorno e à protusão podem variar de acordo com a técnica cirúrgica utilizada, o segmento exteriorizado, a causa básica e o tempo de permanência (BRUNNER; SUDDARTH, 2006)

        Quando ocorre uma abertura abdominal para a criação de um trajeto de drenagem da urina com o objetivo de preservar a função renal, essa abertura é chamada de estoma urinário ou urostomia; este representa um estoma mucocutâneo e, mediante uso de cateter ou sonda, classifica-se em: nefrostomia, cistostomia, piclostomia e sonda vesical.
          As estomias intestinais e urinárias são indicadas como tratamento coadjuvante das atrésias e malformações congênitas e de doenças adquiridas no tubo digestivo ou no sistema urinário. Os estomas podem ser temporários ou permanentes. Dentre os estomas para a eliminação tem-se a colostomia, a ileostomia e a urostomia.

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Estomas respiratórias
          Nos casos de câncer de cabeça e pescoço ou situações que comprometam as vias respiratórias pode ser necessário um procedimento cirúrgico para construção de uma estomia respiratória, indicada para o aliviar a obstrução e melhorar as condições respiratórias da pessoa. .
       A traqueostomia é procedimento realizado através de incisão transversal no pescoço que estabelece uma via respiratória em pacientes com obstrução das vias respiratórias superiores ou insuficiência respiratória. A abertura da traqueia é feita entre o primeiro e segundo anel traqueal ou terceiro e quarto onde é introduzido uma cânula e fixada. (MOORE, 2018)
          A laringectomia é uma estomia necessária quando a doença afeta a laringe e cordas vocais. Desta forma, em ambas as situações, a passagem do ar em direção aos pulmões acontece através da estomia respiratória, onde o ar entra diretamente para os pulmões, sem barreira alguma.
      Pessoas com traqueostomia ou laringectomizadas precisam ter muita atenção ao manuseio de suas estomias pois correm riscos mais elevados para o desenvolvimento de infecções respiratórias graves causadas pela COVID-19. As recomendações para lavagem das mãos de forma adequada ou uso de álcool gel devem ocorrer rigorosamente antes da higienização da estomia e dos dispositivos em uso. É muito importante estar atento a sinais e sintomas como febre, tosse e dificuldade para respirar. Nestes casos, um médico deve ser rapidamente procurado.

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